Crônica: (Re)Engenharia do Rock: GUARDAS DA FRONTEIRA

  • 20/01/2025
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Crônica: (Re)Engenharia do Rock: GUARDAS DA FRONTEIRA

(RE)ENGENHARIA DO ROCK

A engenharia havaiana

Crônicas sobre a obra musical de Humberto Gessinger e os Engenheiros do Hawaii

Álbum: A Revolta dos Dândis I

Leonardo Daniel

GUARDAS DA FRONTEIRA

Engenheiros do Hawaii – Humberto Gessinger

Antes de atirar o vaso na TV

Eu ouvi o que ela dizia

Quando não houver mais amanhã

Será um belo dia

Estranha coisa pra se dizer

Antes de dizer os números da loteria

Mas é assim que eles fazem

E fazem muito bem

E nós não fazemos nada, nada, nada

Nada além

Além do mito

Que limita o infinito

E da cegueira

Dos guardas da fronteira

Além do mito

Que limita o infinito

E da cegueira

Dos guardas da fronteira

Antes de atirar minha TV pela janela

Eu ouvi o que ela dizia

Quando não houver mais ninguém

Será um belo dia

Estranha coisa pra se dizer

Antes de vender mais mercadoria

Mas é assim o mundo que nos cerca

Nos cerca muito bem

E as crises e cicatrizes

Não nos deixam ir além

Além do mito

Que limita o infinito

E da cegueira

Das barreiras das fronteiras

Foi então que eu resolvi jogar

As cartas na mesa e o vaso pela janela

Só pra ver o que acontece na vida

Quando alguém faz o que quer com ela

Acontece que eu não tenho escolha

Por isso mesmo é que eu sou livre

Não sou eu o mentiroso

Foi Sartre quem escreveu o livro

Não sou afim de violência

Mas paciência tem limite

Além do mito que limita o infinito

Além do dia a dia

Que esvazia a fantasia

Além do mito que limita o infinito

Além do dia a dia

Análise Pessoal:

Em “Guardas da Fronteira” temos um tom fúnebre, tanto na introdução melódica quanto na letra. Vejamos: “Antes de atirar o vaso na TV/Eu ouvi o que ela dizia/Quando não houver mais amanhã/Será um belo dia”. Então nos perguntamos: “quem são eles? Quem eles pensam que são? (3 do plural).

Estranha coisa pra se dizer

Antes de dizer os números da loteria

Teremos sim um mundo redondo, mas frágil... (ESPANTO) pois: é assim que eles fazem... e fazem muito bem. E na música O Sonho é Popular, temos: “o povo pena mas não para” enquanto isso: (Poesia é um porre). Uma consequência da iluminação. E é iluminado a quem o Sol ilumina. Quando a maioria parece não fazer nada, nada à além.

Além do mito

Que limita o infinito

E da cegueira

Dos guardas da fronteira

E assim além do mito que vem para limitar o infinito, porque nós nos dirigimos ao universo e o perguntamos... a TV jogada pela janela é diferente do vaso na janela... aqui o risco é máximo... pois há uma descida aos mistérios do sexo. E a TV só pode dizer banalidades, como por exemplo dizer que quando não houver mais ninguém será um belo dia... que dia é esse? “Estranha coisa pra se dizer/Antes de vender mais mercadoria”.

“Mas é assim o mundo que nos cerca”

Nos cerca muito bem

E as crises e cicatrizes

Não nos deixam ir além

Preso à chuvas de contêineres vamos fingindo que nada de mais fizemos, e que tecnologia é rudimento, no qual - crisis em grego significa decisão, mas mesmo decididos temos dificuldades para seguir em frente. Já que, há também as cicatrizes que não nos deixa, nos deixa ir além. Há cegueira das barreiras das fronteiras. “Foi então que eu resolvi jogar/As cartas na mesa e o vaso pela janela”. Aqui há uma descida, uma descida a nona esfera... o fruto disso eu sei – mas no momento eu não digo. Pois, o eu lírico fez que que quis na nona esfera, (o sexo) mas não caiu, isso não foi como as folhas de outono que caem ao chão – “O que você me pede eu não posso fazer/Assim você me perde e eu perco você/Como um barco perde o rumo/Como uma árvore no outono perde a cor”. (PIANO BAR). E sem escolha construirmos nossa liberdade, “Por isso mesmo é que eu sou livre”... não... o eu lírico não é afim de violência, mas ele se cansou de ver tanta gente ‘morrendo de fome bem de baixo do seu nariz’, “Não sou afim de violência/Mas paciência tem limite”. E a rotina, o dia-a-dia que esvazia fantasia deixa o que para a vida??

À guisa de conclusão:

Para tentar uma forma de conclusão, precisamos de uma hermenêutica esotérica, e gnóstica. Pois com o vaso na janela nos remetemos ao sexo na nona esfera, quem puder ter esse conhecimento que tenha... eu não estou apto a dizê-lo...Já Nietzsche dizia: “Quanta verdade você é capaz de suportar?” Os guardas da fronteira podem representar o guardião do umbral... mas este mesmo guardião não pode vencer os destemidos... que venha portanto o dia-a-dia...

15/11/2024

Inhumas.


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