Crônica: (Re)Engenharia do Rock: OUÇA O QUE EU DIGO, NÃO OUÇA NINGUÉM

  • 24/01/2025
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Crônica: (Re)Engenharia do Rock: OUÇA O QUE EU DIGO, NÃO OUÇA NINGUÉM

(RE)ENGENHARIA DO ROCK

 A engenharia havaiana

Crônicas sobre a obra musical de Humberto Gessinger e os Engenheiros do Hawaii

Álbum: Ouça o que eu digo não ouça ninguém

Leonardo Daniel

OUÇA O QUE EU DIGO, NÃO OUÇA NINGUÉM

Engenheiros do Hawaii

Tantas pessoas

Paradas na esquina

Assistindo a cena:

Pele morena,

Vendendo jornais

Vendendo muito mais

Do que queria vender

Vozes à toa

Ecos na esquina

Narrando a cena:

Pele morena,

Vendendo jornais

Precisando de mais

Venenos mortais

E o que nos devem

Queremos em dobro

Queremos em dólar

O que nos devem

Queremos em dobro

Queremos agora

Se te disseram pra não virar a mesa

Se te disseram que o ataque é a pior defesa

Se te imploraram por favor não vire a mesa

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Tantas pessoas

Paradas na esquina

Fingindo pena:

Criança pequena

Cheirando cola

Beijando a sola, do sapato

E o que nos devem

Queremos em dobro

Queremos em dólar

O que nos devem

Queremos em dobro

Queremos agora

Se te disseram pra não virar a mesa

Se te disseram que o ataque é a pior defesa

Se te disseram pra esperar a sobremesa

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Se te disseram pra não virar a mesa

Se te disseram que o ataque é a pior defesa

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Análise Pessoal:

Em “Ouça o que eu digo não ouça ninguém” temos a princípio um paradoxo... pois se é para não ouvir ninguém – é também e inclusive para não ouvir a voz que te disse para não ouvir, ou seja, até mesmo ela, não é para ser ouvida... vejamos mais disso na canção. Na vida. Na Terra há tantas pessoas em cada esquina... sem fazerem nada; assistindo à cena, cena trágica: “Pele morena/Vendendo jornais/Vendendo muito mais/Do que queria vender”. Diante de algo que poderia ser irrisório devido a frieza humana, foi na verdade muito trágico... e com certeza se o eu lírico pudesse ter impedido tal tragédia ele... diria: “Te vejo infinita/Invejo quem grita”. (TÚNEL DO TEMPO). As vozes ímpias e donas do problema, sofrem da incógnita do ser de serem apenas a face do mal, o grito de horror (RPM)... há portanto, tantas vozes à toa:

Ecos na esquina

Narrando a cena:

Qual cena? A mesma cena trágica: “Pele morena/Vendendo jornais” vendendo muito mais do que queria vender... jornais são os fatos sem feitos, à custa do heroísmo.

Vozes à toa

Precisando de mais

Venenos mortais

Vozes à toa, porque há uma maldição. Venenos mortais podem ser drogas que anestesiam o ser ou Neurolépticos que trazem o enternecimento diante de tanto sofismo e sofrimento. “E o que nos devem/Queremos em dobro”. E nos devem muito. Muito mesmo. “Queremos em dólar/O que nos devem”. Agora é a hora do mal de pagar o que ele deve ao bem mesmo que: “Ninguém derrama sangue/Quando perde, guerras de fliperama!”. (PROBLEMAS... SEMPRE EXISTIRAM).

Queremos em dobro

Queremos agora

Eles querem que você não vire a mesa... mas o seu interlocutor dialógico virou a mesa... pois estava cansado de beijar a sola do sapato, pois paciência tem limite: “Não sou afim de violência

Mas paciência tem limite. (GUARDAS DA FRONTEIRA). E o ataque não é a pior defesa.

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Está aí o paradoxo: ouvir e não ouvir eis a questão. Tantas e tantas pessoas representando toda a humanidade. Paradas na esquina onde a violência acontece... “A violência travestida faz seu trottoir/Em anúncios luminosos, lâminas de barbear”. Elas estão fingindo pena. E eu diria que há em especial duas crianças pequenas cheirando cola beijando a sola do sapato.

Se te disseram pra esperar a sobremesa

E ele não esperou a sobremesa mesmo diante dos ímpios cujos olhos usavam (e usa) black tie. (Variações sobre um Mesmo Tema).

À guisa de conclusão:

O que nos devem queremos em dobro queremos em dólar... parece um discurso político de esquerda, tipo marxismo ou trotskismo, sem querer ofender a ninguém, e sem querer desconsiderar a importância histórica aqui presente... Mas na verdade é mais do que uma revolução social, e sim espiritual... uma rebeldia... a beleza da juventude. “A juventude é uma banda/Numa propaganda de refrigerantes”. (TERRA DE GIGANTES). Já que vimos que o caminho é outro e não da violência: “Toquem o meu coração, façam a revolução/Que está no ar, nas ondas do rádio” (Rádio Pirata – RPM). Assim chega a hora do mal pagar o que deve, mesmo sabendo que estão do mesmo lado os que querem iluminar e os que querem iludir... (A verdade a ver navios).

17/11/2024

Inhumas 


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