Crônica: (Re)Engenharia do Rock: CIDADE EM CHAMAS
- 01/02/2025
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(RE)ENGENHARIA DO ROCK
A engenharia havaiana
Crônicas sobre a obra musical de Humberto Gessinger e os Engenheiros do Hawaii
Álbum: A Revolta dos Dândis I
Leonardo Daniel
CIDADE EM CHAMAS
Engenheiros do Hawaii
As chances estão contra nós
Mas nós estamos por aí
A fim de sobreviver
Como um avião sobrevoa
A cidade em chamas
A cidade em chamas
No meio da confusão
Andando sem direção
A fim de sobreviver
Só pra ver como brilha
A cidade em chamas
A cidade em chamas
Se o que eu digo
Não faz sentido
Não faz sentido, ficar ouvindo
Mas o que eu digo
Não é mentira
Não faz sentido
Ficar mentindo
Enquanto as bombas caem do avião
Deixando de recordação
Da cidade em chamas
A cidade em chamas
Já ouvimos esta estória
Sabemos como acaba
Acontece quase tudo
Não muda quase nada
Já vimos este filme
Sabemos como acaba
Explodem quase tudo
Não sobra quase nada
Então, só resta uma solução
Sair no meio da sessão
Pra ver
A cidade em chamas
A cidade em chamas
As chances estão contra nós
Mas nós estamos por aí
A fim de sobreviver
No meio da confusão
Andando sem direção
A fim de sobreviver
Enquanto as bombas caem do avião
Deixando de recordação
A cidade em chamas
A cidade em chamas
Não basta ter coragem
É preciso estar sozinho
É preciso trair tudo
E trazer a solidão
Eu sei que eles tem razão
Mas a razão é só o que eles tem
?quantas bocas se fecharão
Quando a bomba beijar o chão
Da cidade em chamas?
Da cidade em chamas...
As chances estão contra nós
Mas nós estamos por aí
A fim de sobreviver
Como um avião sobrevoa
A cidade em chamas
Análise Pessoal:
Em “A cidade em chamas” temos um apelo de paz para um mundo que se destrói em guerras. “As chances estão contra nós/Mas nós estamos por aí/A fim de sobreviver”. Da mesma forma estão aqueles que mandaram um avião sobrevoar a cidade em chamas... “No meio da confusão/Andando sem direção”... enquanto as bombas caem do avião, em hospitais, escolas, no horizonte da destruição... “Só pra ver como brilha”...
A cidade em chamas
A cidade em chamas
O que o eu lírico diz é a verdade e ela faz todo sentido: “Se o que eu digo/Não faz sentido/Não faz sentido, ficar ouvindo/Mas o que eu digo/Não é mentira/Não faz sentido/Ficar mentindo” e isto fica cada vez mais claro. Pois, enquanto as bombas caem do avião trazendo o flagelo humano numa vaga lembrança que brilha de fogo aos olhos dos pilotos e trazem a mais triste recordação aos sobreviventes. “O senhor da guerra/Não gosta de crianças”. (O Senhor da Guerra – Legião Urbana). Nas páginas de sangue e morte da história, já ouvimos essa estória, sabemos sim como acaba – todo tipo de crime é cometido, (Acontece quase tudo), mas infelizmente não muda quase nada. Já vimos isto antes e foi um filme, “Sabemos como acaba/Explodem quase tudo/Não sobra quase nada”.
Então, só resta uma solução
Sair no meio da sessão
O coração de pedra dos malfeitores deste mundo... é para Deus como um filme, um filme que Deus já viu e que não vai assisti-lo até o final... pois Ele mesmo também está por aí afim de sobreviver. Na espera de que os homens possam acordar da ignorância diante de tantas e tantas cidades em chamas... e o eu lírico sabe que: “Não basta ter coragem/É preciso estar sozinho”. E lutar sozinho em meio a muitas vozes (tidas por febre e delírio) que é preciso trair tudo... trazer a solidão – pois é assim o lance da arte... que a arte realmente é feita assim. É Deus saindo do cinema. “Um muro de Berlim muito sangue sai da tela do drive-in: um filme de guerra, um filme sem fim”. (BEIJOS PRA TORCIDA). E...
Eu sei que eles têm razão
Mas a razão é só o que eles têm
À guisa de conclusão:
A pergunta que fica é que: “?quantas bocas se fecharão/Quando a bomba beijar o chão?”. É um cálculo impossível de ser feito... “Quanto vale a vida de qualquer um de nós/Quanto vale a vida em qualquer situação/Quanto valia a vida perdida sem razão/Num beco sem saída, quanto vale a vida”. (QUANTO VALE A VIDA).
17/11/2024
Inhumas