Crônica: (Re)Engenharia do Rock: PRA SER SINCERO
- 12/07/2024
- 1 Comentário(s)

(Re)Engenharia do Rock
Leonardo Daniel
PRA SER SINCERO
Engenheiros do Hawaii
Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijos sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos
Pra ser sincero
Não espero que você
Minta
Não se sinta capaz
De enganar
Quem não engana
A si mesmo
Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos
Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijos sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos
Pra ser sincero
Não espero que você
Me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma
Ao diabo
Um dia desses
Num desses
Encontros casuais
Talvez a gente
Se encontre
Talvez a gente
Encontre explicação
Um dia desses
Num desses
Encontros casuais
Talvez eu diga
Minha amiga
Pra ser sincero
Prazer em vê-la
Até mais
Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos
Análise Pessoal:
Em “Pra ser sincero”... há um mistério muito grande que ocorreu no passado e que circunda o narrador, há portanto uma demanda... a demanda da narrativa. Há uma relação vicária, plenipotenciária, e multiforme (Não se sinta capaz/De enganar/Quem não engana/A si mesmo)... Do que foi vivido (Talvez a gente/Se encontre/Talvez a gente/Encontre explicação). Desta forma, o crime perfeito fica apenas entre o eu e o outro... “Nós dois temos [...]”... mas há um terceiro fator, há alguém (suspeito) que também sabe qual é esse crime.
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos
Em “Pra ser sincero” só se pode ser sincero com alguém que é próximo e íntimo e não com estranhos. Este é o primeiro ponto. O segundo é que eles já formaram um casal no passado (beijos sem paixão). Mas a desunião entre eles formou um crime sem castigo. Restando a educação de um aperto de mãos, “Apenas bons amigos”. O eu lírico protagonista não espera que sua companhia; minta! (Não se sinta capaz/De enganar/Quem não engana/A si mesmo). Os dois (essa companhia é uma ex-companheira – prazer em vê-la). E o enredo continua perto das portas da percepção. Onde antes havia: “Por ter vendido a alma/Ao diabo”. Passou a ser: “Por ter perdido a calma/peço perdão de corpo e alma”. E com isso, num dia desses, num dia em que ocorre encontros casuais, talvez o ex-casal se encontre... e talvez eles possam finalmente entender o que aconteceu, como e porque foi a separação.
À guisa de conclusão:
Então, pra eu ser sincero... devo dizer que conheço o crime perfeito, sou o observador, o suspeito, mas não tenho autoridade para dizê-lo... mas posso dizer que havia um casal no passado que se separaram... por um motivo maior, e a vida seguiu adiante..., mas o amor entre eles ainda existe; na amizade! Não há pecado nessa relação e nem nesse rompimento, foi um amor válido... e vivido intensamente. O crime perfeito. Que num dia desses, nesses mesmos e diversos encontros casuais, “Talvez eu diga/Minha amiga” ... pra ser sincero prazer em vê-la até mais”.
Leonardo Daniel
28/12/2023
Andreia de Oliveira Correa
13/07/2024
Bom dia meu amigo escritor
Quando terminar um relacionamento nem a amizade vale apenas
Gente se entrega a outra pessoa
E saímos muito machucado então nos resta só perdão pra segui em frente 👍