Leonardo Daniel

Engenheiros do Hawaii – Humberto Gessinger

Seguir viagem, tirar os pés do chão

Viver à margem, correr na contramão

A tua imagem e perfeição

Segue comigo e me dá direção

Se dizem que é impossível

Eu digo: é necessário!

Se dizem que estou louco

(fazendo tudo ao contrário)

Eu digo que é preciso

Eu preciso, é necessário

Seguir viagem, tirar os pés da terra firme

E seguir viagem

Seguir viagem, tirar os pés do chão

Outros ares, sete mares, voar, mergulhar

O que nos dá coragem

Não é o mar nem o abismo

É a margem, o limite e sua negação

Se dizem que é impossível

Eu digo: é necessário!

Se dizem que é loucura

(eu provo o contrário)

E digo que é preciso

Eu preciso, é necessário

Seguir viagem, tirar os pés da terra firme

E seguir viagem

Em “Seguir Viagem” temos a continuidade de uma viagem que já havia começado, dessa forma outras partes dessa mesma viagem vão se mostrando ao ineditismo conceitual, os pés já estão fora do chão, dessa forma, ele o viajante; (o navegante) está à margem da sociedade, indo na contramão, da história... ele segue alguém, cuja imagem dá direção. E não importa a opinião sempre alheia: “Se dizem que é impossível/Eu digo: é necessário!”. Não importa a perversidade das pessoas: “Se dizem que estou louco/(fazendo tudo ao contrário)”. Afinal o eu lírico diz:

Eu digo que é preciso

Eu preciso, é necessário

Seguir viagem, tirar os pés da terra firme

E seguir viagem

Antes de subir nessa viagem deveríamos todos mergulhar? (Seguir viagem, tirar os pés do chão/Outros ares, sete mares, voar, mergulhar). Afinal, o que realmente nos dá coragem: “Não é o mar nem o abismo/É a margem, o limite e sua negação”.

Nunca podemos viajar sem um veículo, um instrumento, assim, não somos um corpo com alma, somos na verdade uma alma com (no momento) um corpo. Estamos sempre seguindo uma longa e evolutiva viagem, aqui na Terra a Terra no cosmos, e: “Se dizem que é loucura” – loucura é ficar parado.

E digo que é preciso

Eu preciso, é necessário

Numa tentativa de conclusão, temos que enfatizar que o que nos dá coragem não é om mar nem o abismo, isso sim seria loucura, sereia um suicídio, o que nos dá coragem na verdade é: “É a margem, o limite e sua negação”. Um passo de cada vez. Sem pressa, sem medos, sem medo de ter que voltar, sem medo de ter que partir, lute meu caro... até Jesus, precisa... precisa dos nossos passos. Não dá para ser perder; pois: “A tua imagem e perfeição/Segue comigo e me dá direção”. Bem-vindos ao futuro dos seus próprios sonhos. Sempre em frente... porque o que vem atrás é muita gente.

14/04/2024