Crônica: (Re)Engenharia do Rock: Mil Acasos
- 15/10/2024
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(Re)Engenharia do Rock
Leonardo Daniel
Mil Acasos
Skank
Mil acasos me levam a você
O sábado, o signo, o carnaval
Mil acasos me tomam pela mão
A feira, o feriado nacional
Mil acasos me levam a perder
O senso, o ritmo habitual
Mil acasos me levam a você
No início, no meio ou no final
Me levam a você
De um jeito desigual
Mil acasos apontam a direção
Desvios de rota é tão normal
Mil acasos me levam a você
No mundo concreto ou virtual
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus
Seus braços queiram se juntar aos meus
Mil acasos me levam a você
No início, no meio ou no final
Mil acasos me levam por aí
Na espuma do tempo, no temporal
Mil acasos me dizem o que sou
Ateu praticante, ocidental
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus
Seus braços queiram se juntar aos meus
Análise Pessoal:
Em “Mil Acasos” a banda Skank mostra como o amor supera qualquer tipo de distanciamento cativado pela morte. O tempo perece diante da força imensurável do amor e para até quem “é ateu praticante ocidental”... o amor também é válido. É um aviso sim de que o amor pode mais...
E assim: “Mil acasos me levam a você” e quem pode ir contra essa força? Um reencontro especial no fim de tarde de um sábado banal. Onde os signos combinam exatamente por serem nada, nada diferentes, almas gêmeas, e assim: “Mil acasos me tomam pela mão”. Vida conjugal (a feria) feriados para namorar.
Mil acasos me levam a perder
O senso, o ritmo habitual
Há uma quebra positiva na vida desse amante, e não há como esse amor não se eternizar, pois na espuma do tempo, no temporal, e do espaço ele já é imortal. (No início, no meio ou no final).
Os acasos levam ele até a pessoa amada. Com isso eles apontam a direção. Mudanças de paradigmas, o que é esse amor? Ele atua no mundo concreto? Ou na saudade de um mundo virtual?
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus
Seus braços queiram se juntar aos meus
Com isso, fica manifesto e vindouro que eles nasceram um para o outro e os outros, se é que existem são só os outros – nada mais!
À guisa de conclusão:
Não há como evitar esse reencontro de almas, onde mais de 1000 acasos levam ao mesmo destino, onde o eu lírico vais até o amor, o ser amado, e tudo conspira a favor, desde signos astrais, até supressas no dia-a-dia. (que apontam a direção – onde desvios de rota são necessárias, inevitáveis e precisas). Só grandes almas, tem como dharma mais de mil formas desses dois serem um.
Leonardo Daniel
16/07/2024
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