Crônica: (Re)Engenharia do Rock: EU LIGO PRA VOCÊ
- 22/10/2024
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(RE)ENGENHARIA DO ROCK
A engenharia havaiana
Crônicas sobre a obra de Humberto Gessinger e os Engenheiros do Hawaii
Leonardo Daniel
EU LIGO PRA VOCÊ
Engenheiros do Hawaii – Humberto Gessinger
Eu vivia esperando a vida aparecer no Jornal Nacional
Com o olhar preso no vídeo
eu esperava o suicídio de algum boçal
Você apareceu e disse
Cara, eu prefiro outros canais
Você apareceu com sua cara em todos os comerciais
Eu vivia esperando a vida aparecer no Jornal Nacional
Com o olhar preso no vídeo
eu esperava o suicídio de algum boçal
Você apareceu e disse
Cara, eu prefiro outros canais
Você apareceu com sua cara em todos os comerciais
Eu ligo a TV, desligo a TV e ligo pra você
Eu digo que consigo, mas não consigo te esquecer
Eu ligo a TV, desligo a TV e ligo pra você
Eu digo que consigo, mas não consigo te esquecer
Você aparecia em filmes classe C, em filmes tão banais
Você aparecia e desaparecia e eu já não te via mais
Eu te perseguia, mexendo na antena
Mudando o canal
Mas você sempre fugia, não sentia pena
Me deixava muito mal
Você aparecia em filmes classe C, em filmes tão banais
Você aparecia e desaparecia e eu já não te via mais
Eu te perseguia, mexendo na antena
Mudando o canal
Eu te perseguia, você não tinha pena
Me deixava muito mal
Eu ligo a TV, desligo a TV e ligo pra você
Eu digo que consigo, mas não consigo te esquecer
Eu ligo a TV, desligo a TV e ligo pra você
Eu digo que consigo, mas não consigo te esquecer
Eu preciso te ver, eu preciso te ver
Eu preciso do teu sorriso
Você sabe que eu preciso
Eu preciso te ver, eu preciso te ver
Eu preciso do teu sorriso
Você sabe que eu preciso
Eu preciso te ver, eu preciso te ver
Eu preciso do teu sorriso
Você sabe que eu preciso
Análise Pessoal:
Em “Eu ligo pra você” temos uma relação muito especial entre dois amigos... sem poderem estar pertos um do outro, o eu lírico numa monoatômica vida; ficava apenas na torcida dos fatos, “Eu vivia esperando a vida aparecer no Jornal Nacional/Com o olhar preso no vídeo” ele simplesmente esperava o suicido de algum boçal e de repente o amigo apareceu (espiritualmente) e disse: “Cara, eu prefiro outros canais/Você apareceu com sua cara em todos os comerciais”. Os outros canais aqui é vibrar em outras frequências, mais leves, mais suaves, mais sutis, longe de tanta violência... e o rosto dele (do interlocutor – amigo) em todos os comercias é uma ação que mostra a euforia e poder da juventude, os comerciais aqui podem significar o intervalo entre uma vida e outra... já que o suicídio de um boçal não acontece, e se acometesse será que resolveria alguma coisa?
Eu ligo a TV, desligo a TV e ligo pra você
Eu digo que consigo, mas não consigo te esquecer
A vida aqui na Terra estava insuportável então o eu lírico liga a TV na espera de que essa vida fosse melhorar ele sozinho dessa amizade; liga para o amigo o “Chamado” é para ele voltar... voltar a viver, voltar para uma nova vida, nova existência.
Você aparecia em filmes classe C, em filmes tão banais
Você aparecia e desaparecia e eu já não te via mais
O interlocutor dialógico não quer a fama, o dinheiro e o poder... leve uma vida simples onde só os anjos do céu sabem de tamanhas provações... já o eu lírico era rico e famoso, dono da TV... ele perseguia o amigo; mexendo na antena; mudando o canal... mas o amigo... escolhia sempre o caminho mais difícil e deixa o eu lírico: “mal”.
À guisa de conclusão:
Para se tentar uma “conclusão” dessa música teremos que analisar os três versos abaixo:
Eu preciso te ver, eu preciso te ver
Eu preciso do teu sorriso
Você sabe que eu preciso
É uma amizade verdadeira... o eu lírico precisava realmente da presença do amigo (chamado aqui na música de CARA) ou seja, um tratamento entre amigos, o cara é a pessoa... e o sorriso irá curar as almas. Há uma seminação temática dessa LIGAÇÃO nas músicas: “O Segundo Sol” de Nando Reis e “Nem + um dia” do Humberto Gessinger. Esse chamado... verdadeiro é, mas já fora evitado... porque Deus quer.
Inhumas, 13/10/24
Leonardo Daniel
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