Crônica: (Re)Engenharia do Rock: NOSSAS VIDAS

  • 29/10/2024
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Crônica: (Re)Engenharia do Rock: NOSSAS VIDAS

(RE)ENGENHARIA DO ROCK

A engenharia havaiana
Crônicas sobre a obra de Humberto Gessinger e os Engenheiros do Hawaii

Leonardo Daniel

NOSSAS VIDAS
Engenheiros do Hawaii – Humberto Gessinger
A gente faz de tudo
Mas nada faz sentido
Nem as luzes da cidade
Nem o escuro de um abrigo

A gente faz de tudo
Mas nada faz sentido
Nem a existência de uma guerra
Nem a violência do inimigo

Não posso entender o que fizeram com nossas vidas
Não posso entender por que viramos suicidas
Oh! Oh! "O que fizeram com nossas vidas?"
Oh! Oh! "Por que viramos suicidas?"

Eu ando tão vazio, tão cheio de vícios
E o fim da linha, é só o início
De uma nova linha, de um novo mundo
De um dia-a-dia cada vez mais absurdo

Eu já pensei em mandar tudo pro espaço
Eu já pensei em mandar tudo pro inferno
Mas não pensei que fosse tão difícil
Ficar sozinho numa noite de inverno

Não posso entender o que fizeram com nossas vidas
Não posso entender por que viramos suicidas
Oh! Oh! "O que fizeram com nossas vidas?"
Oh! Oh! "Por que viramos suicidas?"

Análise Pessoal:

Em “Nossas Vidas” temos um alerta e uma consagração... o “a gente” aqui é o eu + o outro, e eu a aposto que esse outro é um amigo...

A gente faz de tudo
Mas nada faz sentido
Nem as luzes da cidade
Nem o escuro de um abrigo

Tudo que pôde ser feito pela humanidade é feito. Mas mesmo assim a solidão diante de tantas mortes (guerras) é triste demais. E assim, nessa violência nada faz sentido. Até mesmo: “Nem as luzes da cidade/Nem o escuro de um abrigo”

Não posso entender o que fizeram com nossas vidas
Não posso entender por que viramos suicidas

Das nossas vidas eles (humanidade) nos trouxe sofrimentos inevitáveis – vidas após vidas... nos martirizando, nos lapidando, nos torturando e nos matando... isso é o suicídio, o caminho do meio, da santificação, onde o corpo padece para que a alma se eleve. E os dois, o eu e o outro,
Tenho um alivio para tanto sofrimento. Que vai passar, que vai ser superado.

Eu ando tão vazio, tão cheio de vícios
E o fim da linha, é só o início

O vicio aqui é se colocar no lugar do outro, da alteridade... lugar do pecador... mas graças a Deus, não é o fim do mundo, é o fim de um mundo. “De uma nova linha, de um novo mundo”. Mesmo assim é um mundo frágil... (mesmo tendo Os Quatro cantos de um mundo redondo) com um dia-a-dia cada vez mais absurdo, ou seja, não se quer ouvir o próprio coração! Não posso entender... “Eu já pensei em mandar tudo pro espaço” o eu se cansou dessa humana-idade desumana. “Eu já pensei em mandar tudo pro inferno” tantos crimes cometidos pelos personagens do “museu de cera”

À guisa de conclusão:

O eu lírico deteve o poder de resolver tudo isso de forma cabalística, radical e definitiva como em todo álbum “Surfando Karmas & DNA” e “Dançando no Campo Minado”... porém ele não quis. Ele não quis a solidão, ele se sacrificou pela multidão. Agora, já não há mais suicídio... o caminho do outro se dá com Neurolépticos

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