Crônica: (Re)Engenharia do Rock: CRÔNICA

  • 02/12/2024
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Crônica: (Re)Engenharia do Rock: CRÔNICA

(RE)ENGENHARIA DO ROCK

A engenharia havaiana
Crônicas sobre a obra musical de Humberto Gessinger e os Engenheiros do Hawaii

Leonardo Daniel
CRÔNICA
Engenheiros do Hawaii – Humberto Gessinger

Já não passa nenhum carro por aqui
Já não passa nenhum filme na TV
Você enrola outro cigarro por aí
E não dá bola pro que vai acontecer

Mais um pouco e mais um século termina
Mais um louco pede troco na esquina
Tudo isso já faz parte da rotina
E a rotina já faz parte de você

Que tem ideias tão modernas
E é o mesmo homem que vivia nas cavernas

Você, que tem ideias tão modernas
É o mesmo homem que vivia nas cavernas

Todo mundo já tomou a Coca-Cola
E a Coca-Cola já tomou conta da China
Todo cara luta por uma menina
E a Palestina luta pra sobreviver

E a cidade cada vez mais violenta
(Tipo Chicago nos anos quarenta)
E você, cada vez mais violento
No seu apartamento ninguém fala com você

Que tem ideias tão modernas
E é o mesmo homem que vivia nas cavernas

Você, que tem ideias tão modernas
É o mesmo homem que vivia nas cavernas

Análise Pessoal:

Em “Crônica!” temos uma crônica na acepção mais primeva do termo. Ou seja, fatos do cotidiano... de uma pessoa... mas vamos mais uma vez heterodoxos, pois a analise literal já é dada a todos nós pela própria averbação semiótica. Vinda da materialidade textual. E eu não tenho culpa de poder surtar a verdade. Não é um outro carro: “Já não passa nenhum carro por aqui/Já não passa nenhum filme na TV”... Como por exculpo daquela música dos Paralamas... (Ele ganhou dinheiro/Ele assinou contratos/E comprou um terno/Trocou o carro/ E desaprendeu
A caminhar no céu/E foi o princípio do fim – BUSCA VIDA).

Você enrola outro cigarro por aí
E não dá bola pro que vai acontecer

Ele só faz isso por ser ele um anjo decaído. E o que que ele pode fazer sem que seja loucura?

Mais um pouco e mais um século termina
Mais um louco pede troco na esquina

E o interlocutor dialógico cai novamente na rotina, está condenado a viver... “Tudo isso já faz parte da rotina/E a rotina já faz parte de você”. Esse mesmo ´outro´ é um Freud Flintstone...
“Que tem ideias tão modernas/E é o mesmo homem que vivia nas cavernas”. (Tiozão tóxico, esteta da treta/Direto das as cavernas de outro planeta/Online” – TOXINA).

Todo mundo já tomou a Coca-Cola
E a Coca-Cola já tomou conta da China

“Agora a China bebe Coca-Cola/Aqui na esquina cheiram cola” (REVOLUÇÕES POR MINUTO – RPM)... Isto porque; “Todo cara luta por uma menina/E a Palestina luta pra sobreviver”. E a cidade interior cada vez, cada vida, cada cor, cada vez mais distante, e violenta tipo Chicago, tipo São Paulo – nos anos 90... “E você, cada vez mais violento/No seu apartamento ninguém fala com você”... isto nos diz que o apartamento aqui é o: SER e as partes do SER – como por exemplo, o Anjo da Guarda, o Íntimo e a Mãe Divina... antes da queda do interlocutor dialógico tudo era, belo, tudo era maravilhoso... mas algo faltava e ele pedia por socorro.

À guisa de conclusão:

No seu íntimo no seu SER – o outro do eu... vida a após vida está cada vez mais violento... e se antes ele tinha comunicação e felicidade interna, agora: no seu apartamento ninguém fala com ele. E a Palestina aqui não é só o País, mas sim a companheira do interlocutor dialógico... que vida após vida sofre esses dessabores do viver, essa violência tão assustadora, mas de agora em diante vamos adiante atrás de um Sol que nos aqueça: “Todo cara luta por uma menina/E a Palestina luta pra sobreviver”.

22/10/2014
Inhumas 

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