Crônica: (Re)Engenharia do Rock: REFRÃO DE BOLERO

  • 20/12/2024
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Crônica: (Re)Engenharia do Rock: REFRÃO DE BOLERO

(RE)ENGENHARIA DO ROCK

A engenharia havaiana
Crônicas sobre a obra musical de Humberto Gessinger e os Engenheiros do Hawaii
Álbum: A Revolta dos Dândis I
Leonardo Daniel
REFRÃO DE BOLERO
Engenheiros do Hawaii
Eu que falei: Nem pensar
Agora me arrependo, roendo as unhas
Frágeis testemunhas de um crime sem perdão
Mas eu falei sem pensar

Coração na mão como o refrão de um bolero
Fui sincero como não se pode ser
Um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar
Num bar

Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro

Ana, teus lábios são labirintos
Ana, que atraem os meus instintos mais sacanas
O teu olhar sempre distante sempre me engana

Eu que falei: Nem pensar
Agora me arrependo, roendo as unhas
Frágeis testemunhas de um crime sem perdão
Mas eu falei sem pensar

Coração na mão como o refrão de um bolero
Eu fui sincero como não se pode ser
Um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar
Num bar

Ana, teus lábios são labirintos
Ana, eu sigo a tua pista todo dia da semana
Eu entro sempre na tua dança de cigana

Ana, teus lábios são labirintos
Ana, que atraem meus instintos mais sacanas
E o teu olhar sempre distante sempre me engana
Eu sigo a tua pista todo dia da semana

Todo dia, todo dia
Da semana

Eu sigo a tua pista todo dia da semana
Ana!
O que eu falei foi sem pensar
Foi sem pensar!
Análise Pessoal:

Em “Refrão de Bolero” temos um apuro de um apelo. Vejamos... foi o eu lírico confuso e confundido com o seu interlocutor dialógico, que hora aqui e hora ali vão se revezando na interlocução das vozes. E personagens. “Eu que falei: Nem pensar/Agora me arrependo, roendo as unhas/Frágeis testemunhas de um crime sem perdão/Mas eu falei sem pensar... o crime sem perdão é o crime contra o Espirito Santo, e ele – o crime- é o adultério. Este se paga com dor e sofrimento. Se o “eu” fala: “eu que falei” ele reforça as tragédias do destino... “agora me arrependo”. O “eu” passa a roer as unhas... as únicas testemunhas de um crime sem perdão.

Coração na mão como o refrão de um bolero
Fui sincero como não se pode ser

Ele está dividido... preso ao passado... preso ao futuro... com o coração na mão ele tem que pagar seus pecados por ter acreditado que só se vive uma vez... (O PREÇO) foi o interlocutor sincero, uma amizade de um primevo e estranho desejo, e... “Um erro assim, tão vulgar (o povo faz isso) /Nos persegue a noite inteira (noite depressiva) /E quando acaba a bebedeira (entrega à ilusão do que é mal – Senhor livrai-me do Mal)/Ele consegue nos achar (não tem como esconder de si mesmo)”.

Num bar

O ‘bar’ como veremos é em nossa análise pessoal, é um hospital psiquiátrico, e, o vinho barato são Neurolépticos ultrapassados, o cigarro no cinzeiro significa uma nova existência, uma nova vida... e a cara embriagada no espelho do banheiro é a prova disso é a prova de que o interlocutor tem que enfrentar a outra metade. “Quantas vezes eu estive cara à cara com a pior metade? ” Quantas vezes: “A lembrança no espelho, a esperança na outra margem”?? “Quantas vezes a gente sobrevive à hora da verdade??”... Mas: “Na falta de algo melhor nunca me faltou coragem”. (Surfando Karmas & DNA).

Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro

A cara massacrada de Rivotril e mais... remédios que eram para ser somente “armas químicas e poemas”. Agora sim aparece o nome dela: ANA... mas não sejamos tolos, ANA aqui significa anamnese ... ou seja, “o analista passeando na Europa”. O velho continente pode ser a ligação desse paciente com o seu passado... passeando pelo passado mental e existencial do paciente... que é na verdade o interlocutor e não o eu lírico. E assim, “Ana, teus lábios são labirintos/Ana, que atraem os meus instintos mais sacanas”. Durante um tempo, o Humberto parou de dizer ANA ... ele não dizia nada no lugar. Mas os fãs sentiram a falta. E ele voltou.

O teu olhar sempre distante sempre me engana...
Ele o paciente – interlocutor tem que lutar contra o feitiço da sedução “Eu entro sempre na tua dança de cigana”. E as pistas deixadas por ela, são só para que haja mais e mais sedução.
À guisa de conclusão:
“Refrão de Bolero” fala de sedução, transferência e adultério... mas fiquem calmos ninguém deve aceitar o que eu digo... sem antes “sentir com inteligência e pensar com emoção”.(ESPORTES RADICAIS) afinal “os caras ligados se atrasarão. (CAMUFLAGEM)... E só no final terei meu fã clube... fã-clube Freud Flintstone... fã clube do Tiozão Tóxico. Essa música tem relação com as músicas: “Duas namoradas” de Zélia Duncan, “Coração dividido” de Fábio Jr. E “Apenas mais uma de amor” do Lulu Santos. Ninguém é obrigado a incorrer no erro se esse mesmo erro você o fotografou antes que o antes possa ser o HOJE... esse hoje é o que determina o futuro. E eu não sou culpado por saber.

“Você sabe o que eu quero dize
Você sabe o que eu quero saber
Você sabe dizer o que eu saber
Você sabe saber o que eu quero dizer”
(Além dos Outdoors)

30/10/2024

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