Crônica: (Re)Engenharia do Rock: ALÉM DOS OUTDOORS

  • 04/01/2025
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Crônica: (Re)Engenharia do Rock: ALÉM DOS OUTDOORS

(RE)ENGENHARIA DO ROCK

A engenharia havaiana

Crônicas sobre a obra musical de Humberto Gessinger e os Engenheiros do Hawaii

Álbum: A Revolta dos Dândis I

Leonardo Daniel

ALÉM DOS OUTDOORS

Engenheiros do Hawaii

Além dos outdoors

Muito além dos outdoors

Além dos outdoors

No ar da nossa aldeia

Há rádio, cinema e televisão

Mas o sangue só corre nas veias

Por pura falta de opção

As aranhas não tecem suas teias

Por loucura ou por paixão

Se o sangue ainda corre nas veias

É por pura falta de opção

Você sabe o que eu quero dizer

Não tá escrito nos outdoors

Por mais que a gente grite

O silêncio é sempre maior

Você sabe o que eu quero dizer

Não tá escrito nos outdoors

Por mais que a gente grite

O silêncio é sempre maior

No céu, além de nuvens

Há sexo, drogas e palavrões

As coisas mudam de nome

Mas continuam sendo religiões

No dia a dia da nossa aldeia

Há infelizes infartados de informação

As coisas mudam de nome

Mas continuam sendo o que sempre serão

Você sabe o que eu quero dizer

Não tá escrito nos outdoors

Por mais que a gente grite

O silêncio é sempre maior

Você sabe o que eu quero dizer

Não vale uma canção

Por mais que a gente cante

O silêncio é sempre maior

No ar da nossa aldeia

Há mais do que poluição

Há poucos que já foram

E muitos que nunca serão

As aranhas não tecem suas teias

Por loucura ou por paixão

Se o sangue ainda corre nas veias

É por pura falta de opção

Você sabe o que eu quero dizer

Não tá escrito nos outdoors

Por mais que a gente grite

O silêncio, o silêncio

Você sabe o que eu quero dizer

Não vale na canção

Por pura falta de opção

Púrpura é a cor do coração

Você sabe o que eu quero dizer

Você sabe o que eu quero saber

Você sabe dizer o que eu saber

Você sabe saber o que eu quero dizer

Análise Pessoal:

Em: “Além dos outdoors” há uma prova de amizade e intimidade ágape presente e entre mestre e discípulo. Entre o eu lírico e seu interlocutor dialógico. Entre objeto e observador. E tudo que mais representa essa ligação na “Na highway da super-informação”. (A Promessa). E tudo isso está muito além dos outdoors... Vivemos numa aldeia... e nessa mesma aldeia: “Há rádio, cinema e televisão”... mas o grande mestre de compaixão tem o sangue correndo em suas veias é justamente por falta de opção. Pois, infelizmente não há outros mestres que podem cumprir com essa gradíssima renuncia por AMOR. E missão...

As aranhas não tecem suas teias

Por loucura ou por paixão

As aranhas aqui são na realidade as três moiras (mitologia grega) também conhecidas como parcas dos destinos. Cloto: Láquesis Átropos. As aranhas tecem o destino... por necessidades do espírito e não por r qualquer outro absurdo. “Viver assim é um absurdo (como outro qualquer)

Como tentar um suicídio (ou amar uma mulher)”... e diante disso, o absurdo de fazer uma chamada a cobrar NÃO IRÁ ACONTECER... porém por mais que a gente possa gritar... como em: “te vejo infinita invejo quem grita”... o eu lírico devido seu poder e responsabilidade ele NÃO PODE GRITAR e: “Por mais que a gente grite/O silêncio é sempre maior”.

No céu, além de nuvens

Há sexo, drogas e palavrões

As coisas mudam de nome

Mas continuam sendo religiões

No céu além dos problemas pesando em nossa cabeça (além de nuvens) há também o sexo, as drogas (remédios também) e violência (palavrões) realmente tudo muda de nome... mas tudo continua sendo uma religião... isto também (POR PURA FALATA DE OPÇÃO). Não é a mesma coisa informação e conhecimento. E no dia-a-dia dessa grande aldeia chamada de humanidade: “Há infelizes infartados de informação”. Excesso de formação que não leva a nada. Não adianta mudar os nomes das coisas... mas continuam sendo o que sempre foram... e serão. E por mais que o artista cante, “o mito que limita o infinito” faz com que o silêncio seja sempre muito maior.

No ar da nossa aldeia

Há mais do que poluição

Há poucos que já foram

E muitos que nunca serão

A poluição aqui pode representar o excesso de informação... “A gente queima todo dia/Mil bibliotecas de Alexandria”. (Alexandria) ... há poucos que já foram e muitos que nunca serão, pode representar tanto os caras da música “terceira do plural”: “Quem são eles?/Quem eles pensam que são? – Como também pode representar os caras ligados que se atrasarão... (Camuflagem).

À guisa de conclusão:

Para terminar... vamos refletir a relação entre o eu lírico e o interlocutor dialógico, pois o interlocutor é cúmplice e suspeito... já que: “Você sabe o que eu quero dizer” e ele diz... já que: “Você sabe o que eu quero saber” e ele sabe... “você sabe dizer o que eu quero saber” porque “você sabe saber o que eu quero dizer”... além dos outdoors... “Você sabe o que eu quero dizer/Não vale na canção”. Relação esotérica e direta entre o “eu” e o “outro”... e assim, “Por pura falta de opção/Púrpura é a cor do coração”. Ou seja, entrega de corpo e alma... “Por ter perdido a calma/Peço perdão de corpo e alma”.

10/11/24


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